
“Quem tem mãos não é pobre”, diz ela, de modo que se afastou das dificuldades que tinha em Moçambique, e depois de alguns trabalhos temporários, aperfeiçoou-se a preparar salgados. “O salgado é que me safou, é dele que eu sustento os meus três filhos.”
Começou em casa, com uma arca de três prateleiras, numa kitchenette, a produzir 4 tipos de salgados. Depois mudou-se para uma casa com uma cozinha maior. Seguiu-se a necessidade de recrutar três pessoas para a ajudar, já que o negócio crescia. E hoje tem uma pequena fábrica com máquinas industriais, uma equipa para dar vazão às encomendas, e produz mais de 15 tipos de salgados diferentes. “Eu vim trabalhar e agora estou a dar trabalho.”
Desde que deixou Moçambique nunca mais lá voltou.